terça-feira, 11 de setembro de 2012

Filhos do Pai


É-se filho porque se tem um pai. Não há pai sem filho e nem filho sem pai. Imagine-se o filho, que tem o pai por referência. Concordo com o Pe. Alberto Brito (sj) que diz que “o filho não obedece ao “pai”, imita-o”, e ainda que assim seja, acaba sempre por admirá-lo. Depende do pai. É ele que o educa, que o sustenta, que o vê crescer. Ainda que o pai seja mau sabe dar coisas boas ao seu filho, quanto mais o Pai do céu o fará com os seus.


Veja-se a dignidade que se nos é conferida ao podermo-nos chamar de filhos de Deus! Ser filho de Deus é ser filho da eternidade. É ser filho do Amor. É ser filho do infinito ainda que finitos sejamos. Podemos não obedecer sempre à vontade do Pai, mas reconhecemos nela o sentido profundo da nossa vida. Ele é que sabe. Podemos não obedecer sempre à vontade do Pai, mas sabemos que só esta nos faz crescer, amadurecer, em” sabedoria, estatura e em Graça”. É a sabedoria plena, porque é do Alto, porque é a origem da Graça. Ele é o único que É, total e inteiramente.

A Humildade é a Verdade. Nestas somos invadidos pelos dons do Espírito Santo, pelo próprio Deus, que, depois de esvaziados de nós mesmos, entrará por nós dentro e tudo renova. E é o próprio Deus, o próprio Cristo, que nos diz quem somos e nos lança nesta novidade revestida de profundo sentido da nossa existência: “Quando orardes dizei: Pai Nosso, que estás no céu…”. Obedecer ao Pai é imitá-Lo. Por Cristo, Com Cristo, em Cristo. Sermos filhos no Filho, e aí, tudo faz sentido.

Sem comentários:

Enviar um comentário