terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Homem velho & Homem novo



Nesta quaresma quero dar rédia curta ao homem velho que há em mim. Já não era sem tempo. Se bem me conheço e se estiver atento, é-me fácil perceber como ele actua em mim. O homem velho é mais astuto que o homem novo. É mais subtil, mais sabido, mais intreceiro. O homem novo é mais ingenuo, mais previsivel, mais consciente. O homem velho toma-me sem eu dar por isso. O homem novo pede licença para Ser, em mim. O homem velho é isso mesmo, mais velho, tem portanto outros vicios que ao homem novo vai custando tecer. O homem novo é mais frágil, sabendo da sua pequenez. O homem velho pensa que é grande, e é-o, em si mesmo, cheio de si, expremido não dá nada. O homem novo está em desvantagem, ainda anda a aprender a ler e a escrever enquanto o homem velho é já uma enciclopédia de mundo. O homem novo está a aprender a somar, o homem velho é já uma equação. Por falar em deitar contas à vida, homem velho e homem novo são duas almas gémeas que nada têm em comum. Resta saber quem vencerá.

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